* ano novo, vida nova? *

No início de cada ano cada um de nós redige nem que seja mentalmente uma lista de boas intenções para cumprir durante o ano, que por ser novo talvez nos encoraje a sonhar que este pode ser o tal. Aquele, em que finalmente vamos conseguir concretizar aquilo que desejamos. Colocando de parte todo o folclore relacionado com o facto de o calendário ter mais um número e com todas as expectativas que isso representa, a mudança faz-se diariamente em nós, independentemente do número do dia e do ano. Todos os dias sonho com o momento em que finalmente tomarei nas mãos o rumo da minha vida. Sem horários para cumprir, pessoas para aturar e sem um mundo normalizado do trabalho cada vez mais competitivo e conflituoso. Representará sem dúvida uma mudança  perante  a minha forma de estar na vida onde a estabilidade a nível financeiro foi sempre um factor mais ou menos presente. Onde o minimalismo em vez de ser uma opção será uma imposição. Se me assusta? Claro que sim  mas não me retira a força de sonhar com o dia em que serei mais livre. E as pequenas mudanças fazem-se no dia a dia e  estas são o motor que alimenta esta vontade sempre adiada.

2011 foi um ano muito pesado a nível pessoal. Com experiências que nos fizeram crescer, pensar e ter consciência que a nossa passagem pela vida é tão rápida que não podemos dar-nos ao luxo de desperdiçar tempo com aquilo que não interessa. Porque o verdadeiramente importante passa pelas coisas simples que nos rodeiam e pela aceitação das vicissitudes que a vida nos traz, porque invariavelmente nos indicam alternativas  a seguir. Porque acredito que somos nós que fazemos o nosso caminho. E tenho a certeza que este vai ser o ano. O tal.