Na minha mesa de cabeceira repousa a biografia de João Aguardela, escrita pelo jornalista Ricardo Alexandre, seu amigo de longa data.O início do livro transportou-me imediatamente para o final da década de 80 e início da de 90 na cidade do Porto, anos férteis em bandas alternativas, rádios piratas, espaços nocturnos, como o Aniki Bóbó, o Meia Cave, o Bacalhau, o Labirinto, o Indústria, o Swing, o Griffon's, o Batô, o Pinguim, etc, etc, onde toda a cena da música underground e fora do mainstream se passava. Foram anos de uma actividade cultural intensa no meio da névoa feita do fumo de muitos cigarros - hoje tão politicamente incorrecto!, de uma anarquia de ideias e formas de estar, de conversas intermináveis de café pela noite dentro e sobretudo da liberdade de escolha, porque havia alternativas e vários caminhos possíveis para seguir.
E Aguardela escolheu o seu sem nunca perder a sua identidade.
E Aguardela escolheu o seu sem nunca perder a sua identidade.
O seu último projecto, Megafone é surpreendente, confesso que não o conhecia, está disponível aqui, sendo o download dos quatro cds legal e gratuito.
Um bem haja a um dos compositores mais criativos e singulares da música portuguesa pelo seu legado de amor à música de raiz portuguesa e à liberdade.
Porque hoje é o Dia Mundial da Música.
Porque hoje é o Dia Mundial da Música.
{ As fotografias reproduzidas em cima são das nossas pequenas férias deste Verão e simbolizam a liberdade. }
Liberdade onde vais? Liberdade onde cais?
Esta luta é por te amar
in SOLDADO, SITIADOS, 1992
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