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1.10.12

* liberdade *

collage.jpg-9 DSC_0040DSC_0245 collage- 11 Sem título

Na minha mesa de cabeceira repousa a biografia de João Aguardela, escrita pelo jornalista Ricardo Alexandre, seu amigo de longa data.O início do livro transportou-me imediatamente para o final da década de 80 e início da de 90 na cidade do  Porto, anos férteis em bandas alternativas, rádios piratas, espaços nocturnos, como o Aniki Bóbó, o Meia Cave, o Bacalhau, o Labirinto, o Indústria, o Swing, o Griffon's, o Batô, o Pinguim, etc, etc, onde toda a cena da música underground e fora do mainstream se passava. Foram anos de uma actividade cultural intensa no meio da névoa feita do fumo de muitos cigarros - hoje tão politicamente incorrecto!, de uma anarquia de ideias e formas de estar, de conversas intermináveis de café pela noite dentro  e  sobretudo da liberdade de escolha, porque havia alternativas e vários caminhos possíveis para seguir.

E Aguardela escolheu o seu sem nunca perder a sua identidade.

O seu último projecto, Megafone é surpreendente, confesso que não o conhecia, está disponível aqui, sendo o download  dos  quatro cds legal e gratuito.

Um bem haja a um dos compositores mais criativos e singulares da música portuguesa pelo seu legado de amor à música de raiz portuguesa e à liberdade.

Porque hoje é o Dia Mundial da Música.

{ As fotografias reproduzidas em cima são das nossas pequenas férias deste Verão e simbolizam a liberdade. }

Liberdade onde vais? Liberdade onde cais? 
Esta luta é por te amar

in SOLDADO, SITIADOS, 1992
 

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