Da janela da cozinha, vejo os gatos que me procuram e insistem em fazer deste pequeno parapeito, a sua casa. Pequenos e grandes nascidos aqui, no meio do campo, de uma gata vadia, que pariu várias gerações, e por sua vez passou o testemunho para as suas crias fêmeas. Amontoados na janela vêm sempre, reclamar o seu quinhão de ração, novos e velhos unidos pelo sangue sem o saberem. E instalam-se neste parapeito que também é o seu pequeno mundo. Uns partem e deixo de saber deles, outros mais resilentes e dóceis exigem a sua parte diária de carinho e comida.
Também o meu pequeno mundo quando me sento naquela cadeira, é esta tela feita de janela, pintada de pêlo, bigodes, pegadas e miados, que me distrai das agruras do dia-a-dia e me faz ver para além dos gatos e desta janela. Quem sabe se aqueles pequenos seres quando me olham directamente nos olhos, espiando todos os meus gestos, também conseguem ler o que me vai na alma, tornando-a transparente e sem segredos.
Quem sabe.
Eu sei que eles sabem ;)
ResponderEliminarPois sabem! ;)
EliminarLindo.
ResponderEliminarE este gatinho preto faz-me lembrar o meu filho-gato que está internado...
Festinhas pra eles, festinhas pra ti.
Ana Cristina (venho ao teu blog poucas vezes mas gosto sempre do que vejo/leio)
Obrigada Ana e bem-vinda :)
EliminarQue linda a primeira foto!
ResponderEliminarJá tinha saudades de passar por aqui. ;)
Beijinhos.
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